sexta-feira, 11 de setembro de 2015

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Encontrei a tranquilidade  no dia em decidi enfrentar a tua perda. Sim, a tua perda havia-me tirado a tranquilidade. Desejei muitas vezes atravessar aquela porta do vão das escadas que levavam ao sótão. O sótão onde os nossos lábios se tocavam, onde nos namorávamos com medo que o mundo desabasse e nunca mais nos encontrássemos.
Hoje voltei lá. Calmamente abri o baú onde repousam as tuas cartas. Cartas de eterno amor. Cartas de eterno amor que me davam o alento para suportar a tua ausência.  Maldita guerra que me roubou a tua presença. E hoje, hoje a tua ausência é mais prolongada. Não esqueças amor: dentro em breve, muito em breve estarei de novo contigo. Tive que vir aqui. Tive que reler as tuas promessas de que me abraçarias num abraço longo até sempre. E foste embora tão devagar... Sabes o que encontrei? Aquele elixir! Aquele, sabes? ... acabei de o tomar e adormecidamente escrevo para te dizer: estou a chegar!

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