Encontrei a tranquilidade no dia em decidi enfrentar a tua perda. Sim, a tua perda
havia-me tirado a tranquilidade. Desejei muitas vezes atravessar aquela porta
do vão das escadas que levavam ao sótão. O sótão onde os nossos lábios se
tocavam, onde nos namorávamos com medo que o mundo desabasse e nunca mais nos
encontrássemos.
Hoje voltei lá. Calmamente abri o baú onde repousam as tuas
cartas. Cartas de eterno amor. Cartas de eterno amor que me davam o alento para
suportar a tua ausência. Maldita
guerra que me roubou a tua presença. E hoje, hoje a tua ausência é mais
prolongada. Não esqueças amor: dentro em breve, muito em breve estarei de novo
contigo. Tive que vir aqui. Tive que reler as tuas promessas de que me
abraçarias num abraço longo até sempre. E foste embora tão devagar... Sabes o
que encontrei? Aquele elixir! Aquele, sabes? ... acabei de o tomar e
adormecidamente escrevo para te dizer: estou a chegar!
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